26 de agosto de 2016

Existe em mim um querer
 
- Mudar de vida
- Mudar de comportamento
- Mudar de trabalho
- Mudar de amigos
- Mudar de casa
- Mudar de vestuário
- Mudar, mudar, mudar, mudar
 
Sou uma eterna insatisfeita que todos os dias pensa que tem de mudar de atitude, e certas coisa na sua vida, mas depois acaba por se distraír e vai adiando.
 
Há uma "quote" que refere que devemos saír da zona de conforto, pois dali já não virá nada de novo e/ou estimulante. Se assim o é então porque fazemos tanta resistência em saír dela? A zona de conforto é aquela que nos dá certezas (aparentes), estabilidade (aparente), conhecimento (aparente) e alguma tranquilidade (aparente).
 
A zona de conforto é como se fosse uma paz podre, pois traz com ela sentimentos antagonistas: Se por um lado eu quero mudar de trabalho, amigos, casa, etc. por outro eu estou nesta mesma situação que aparentemente domino logo não vou modificá-la. É como se existisse uma voz dentro de nós (a chamada mente) que nos diz que é arriscado mudar, que até nos estamos a queixar de barriga cheia, que há quem esteja em situações mais críticas e não se queixa, que não iremos conseguir, que não podemos fazer por inúmeras razões etc.
 
Tudo isso são entraves que a nossa mente nos coloca e que muitas vezes nos faz sentir mal, achar que não temos capacidade, achar que a outra pessoa fez porque tinha as condições para tal. O nosso maior inimigo de facto somos nós mesmos e o truque (pelo menos o que eu tento fazer) é não ligar ao que a mente diz ou (ainda mais dificil) aceitar o pensamento negativo e não o interiorizar de modo a que não nos faça sentir mal, simplesmente deixá-lo ir.
 
 
De facto saír da nossa zona de conforto e arriscar , ou pelo menos fazer pequenas mudanças, é o que nos dá um novo alento, é o que nos torna felizes é fora dessa barreira que está ou poderá estar o que nos irá preencher. Se nada fizermos , nada muda e os dias/semanas/anos vão passando e tornamo-nos autenticos zombies formatados.
 
O primeiro passo para saír da zona de conforto creio que é fazer uma reflexão profunda acerca da vida que levamos, se nos sentimos felizes com ela, com os nossos amigos, com as nosssas relações?
Ora sendo nós mulheres, por vezes responder a estas questões depende dos estados de espírito , mas o que se pretende é tentar encontrar algumas respostas.
 
Pessoalmente o que pretendo é ser feliz, sentir-me feliz, pensar mais em mim e menos nos outros. Focar-me nos meus objetivos e tentar concretizá-los sem distrações pelo meio, não me acomodar a uma situação que não é a que pretendo. Não há mal nenhum em nos acomodarmos desde que estejamos felizes, quando não é o caso então temos o direito a lutar por nós e pela nossa paz de espirito.



Imagem retirada da internet

1 de agosto de 2016

Lo Siento

Chegou o dia em que...

A despedida não será feita
As palavras não serão ditas
O abraço não será dado
O adeus não será pronunciado

Acredito que as pessoas não entram na nossa vida por acaso, pelo menos eu vejo desta forma. Há quem nos marque profundamente e há quem nos mostre exatamente o que queremos e o que não queremos. Contigo aprendi que as amizades também têm timings e "prazos de validade" , sofro ao escrever isto, sempre achei que as amizades eram para sempre e custa-me ter a noção de perda de um amigo ou perda de alguém que, outrora, considerei amigo.
 
No entanto não há relações unilaterais e cada vez me apercebo mais disso, são necessários dois para dançar o tango, sempre achei uma certa piada a esta expressão e cada vez mais concordo com ela. Ao longo dos ultimos anos tenho perdido alguns amigos, pelo menos tenho perdido a atenção deles e a disponibilidade. Amigos para mim são os que estão presentes fisicamente e que estão comigo, pois virtualmente já tenho muitos e neste momento não é isso que procuro ou que pretendo para a minha vida.
 
Não me querendo alongar muito e tendo a noção de que já abordei este assunto algumas vezes aqui no blog, o que quero transmitir é que não é de ânimo leve que fecho mais um capítulo com história na minha vida. Cada pessoa que passa por mim tatua uma marca na minha alma e quando essa pessoa desaparece essa marca continua durante algum tempo (eu diria mais tempo que o necessário) causando a sensação de tristeza e/ou nostalgia. Quando as pessoas vão embora temos sempre a tendência para pensar nos momentos bons que vivemos com elas (nas relações emocionais então fazem isso mesmo de forma masoquista) é quase como se nos esquecessemos dos momentos em que essa pessoa direta ou indiretamente nos fez sentir menos bem. Eu tenho um defeito muito grande que é o de colocar num patamar bem acima os momentos bons e como que "esquecer" os momentos menos bons.  Há pouco tempo li um artigo acerca das espetativas que colocamos nas relações do dia a dia e que uma das razões para a chamada frustração e/ou decepção é a tendência que temos em pensar que a outra pessoa irá agir da forma como nós agiriámos perante determinada situação ou momento.
Deixo o artigo para lerem se vos fizer sentido e/ou refletirem sobre o mesmo, a página O segredo costuma ter artigos interessantes, muito na base dos da Obvious.