27 de fevereiro de 2017


Hoje escrevo acerca da espitualidade, de como passei a estar ligada a ela e de como a vejo e vivencio no meu dia a dia.

"Espiritualidade vem do latim “spiritus”, que significa respiração ou sopro. Pode ser definida como uma "propensão humana a buscar significado para a vida por meio de conceitos que transcendem o tangível, à procura de um sentido de conexão com algo maior que si próprio". A espiritualidade pode ou não estar ligada a uma vivência religiosa."

A  busca de algo mais na minha vida surgiu há uns anos quando me apercebi que o que me rodeava não era o que eu pretendia, as minhas atividades de lazer já não me completavam, as tardes no café a ver jogos de futebol entediavam-me, as saídas para beber copos no bairro alto eram boas , mas não tinha a necessidade de as fazer todos os fins de semana. Recordo-me vagamente de ter iniciado esta minha caminhada nas terapias holísticas, meditação e num caminho mais "espiritual" desde que fui a uma feita alternativa do inatel. Inicialmente fui, pois adorava (e adoro) artesanato, lenços, espanta espíritos, cristais. Sabia que nessa feira haveria bancas com esses produtos, como se pagava entrada não encontrei quem quisesse ir comigo e também não fiz grande publicidade ao evento. Acredito que basta falarmos uma vez dele, se não existir vontade do outro lado então é porque não faz sentido para essa pessoa ir , e isso não é mau. 

As feiras alternativas têm um leque de atividades variado, e eu como pessoa stressada que sou assinalei algumas que poderiam ser interessantes: Palestras acerca de viagens, meditações ativas (pois , tenho alguma dificuldade em relaxar), biodanza. Creio que o boom foi mesmo quando experimentei a biodanza, senti uma involvência imensa, uma intensidade inexplicável e uma entrega avassaladora. As pessoas entregavam-se de corpo e alma (mesmo não se conhecendo umas às outras) e o que incialmente me causou constrangimento acabou por ser o que mais me motivou em continuar. Escusado será dizer que não comprei um único colar/brinco/lenço etc. Entreguei-me às atividades e saí de lá rendida e com vontade de voltar a estar com aquelas pessoas mais vezes. Quando cheguei a casa recordo-me de querer partilhar tudo o que tinha sentido, visto, mas apercebi-me que do outro lado estávam pessoas desligadas e não entendedoras do que eu estava a falar. O percurso continuou e foi no evento "danças com alma" que fui cada vez percebendo que o meu caminho era por ali. Quase sempre, para não dizer sempre, vou a estas atividades sozinha...inicialmente causava-me alguma "frustração", mas neste momento consigo ver como um investimento em mim mesma, uma experiencia muito pessoal e como estou sozinha acabo por não ter distrações e poder vivenciar tudo em pleno. Quando chego ao meu "mundo" e me afasto daquelas pessoas lindas com quem tive aqueles momentos lindos, sou invadida por um misto de sentimentos de frustração e de gratidão. Gratidão por as ter conhecido e frustração por não poder estar com elas diariamente (uma vez que muitas delas só as vejo nestas iniciativas).


Para mim espiritualidade não está relacionada com crença religiosa ou com religião, tenho uma ideia muito bem sementada. Para mim espitualidade é o que está para além de tudo aquilo que nos é apresentado diariamente. Isto fez-me ter outra visão da morte, de anjos da guarda, etc. Aqueles que amamos e que partem, considero que estarão sempre connosco mesmo que não fisicamente.
Neste momento a minha paixão está virada para as taças tibetanas, meditar com elas é algo maravilhoso mesmo, a sua  vibração tem efeitos em várias partes do meu corpo. Iniciei-me no Yoga o qual estou a adorar e finalmente a perceber a essência da prática e os benefícios da mesma, espero continuar neste caminho e que a rotina do dia a dia não me demova de encontrar o meu equílibrio. O que eu pretendo alcançar é mesmo o meu equilíbrio interior, aceitação do que não posso mudar, o acalmar da mente e o arranjar de ferramentas que me permitam proteger-me das agressões externas do dia a dia. Isto porque diariamente lido com pessoas com cargas negativas, pessoas que têm uma enorme necessidade de desabafar e falar das suas frustrações. Há dias em que sai odo trabalho exausta e com vontade de fazer uma limpeza profunda , pois estou de rastos com o que a pessoa X ou Y disse.
Eu recomendo, mesmo aos céticos, que experimentem uma sessão de reiki, que venham a um concerto meditativo com taças tibetanas e/ou gongos e que dancem muito. Uma das melhores formas de meditação e de acalmar a mente é mesmo dançar, suar, transpirar , deixar-se levar. Se essa dança for feita de olhos vendados a entrega então será maior , sem filtros e sem medo de julgamentos.
 















Continua....

Imagem Taça tibetana retirada deste blog
Imagem de ritual trance dance retirada da página ritual trance dance
Imagem reiki retirada deste site


26 de agosto de 2016

Existe em mim um querer
 
- Mudar de vida
- Mudar de comportamento
- Mudar de trabalho
- Mudar de amigos
- Mudar de casa
- Mudar de vestuário
- Mudar, mudar, mudar, mudar
 
Sou uma eterna insatisfeita que todos os dias pensa que tem de mudar de atitude, e certas coisa na sua vida, mas depois acaba por se distraír e vai adiando.
 
Há uma "quote" que refere que devemos saír da zona de conforto, pois dali já não virá nada de novo e/ou estimulante. Se assim o é então porque fazemos tanta resistência em saír dela? A zona de conforto é aquela que nos dá certezas (aparentes), estabilidade (aparente), conhecimento (aparente) e alguma tranquilidade (aparente).
 
A zona de conforto é como se fosse uma paz podre, pois traz com ela sentimentos antagonistas: Se por um lado eu quero mudar de trabalho, amigos, casa, etc. por outro eu estou nesta mesma situação que aparentemente domino logo não vou modificá-la. É como se existisse uma voz dentro de nós (a chamada mente) que nos diz que é arriscado mudar, que até nos estamos a queixar de barriga cheia, que há quem esteja em situações mais críticas e não se queixa, que não iremos conseguir, que não podemos fazer por inúmeras razões etc.
 
Tudo isso são entraves que a nossa mente nos coloca e que muitas vezes nos faz sentir mal, achar que não temos capacidade, achar que a outra pessoa fez porque tinha as condições para tal. O nosso maior inimigo de facto somos nós mesmos e o truque (pelo menos o que eu tento fazer) é não ligar ao que a mente diz ou (ainda mais dificil) aceitar o pensamento negativo e não o interiorizar de modo a que não nos faça sentir mal, simplesmente deixá-lo ir.
 
 
De facto saír da nossa zona de conforto e arriscar , ou pelo menos fazer pequenas mudanças, é o que nos dá um novo alento, é o que nos torna felizes é fora dessa barreira que está ou poderá estar o que nos irá preencher. Se nada fizermos , nada muda e os dias/semanas/anos vão passando e tornamo-nos autenticos zombies formatados.
 
O primeiro passo para saír da zona de conforto creio que é fazer uma reflexão profunda acerca da vida que levamos, se nos sentimos felizes com ela, com os nossos amigos, com as nosssas relações?
Ora sendo nós mulheres, por vezes responder a estas questões depende dos estados de espírito , mas o que se pretende é tentar encontrar algumas respostas.
 
Pessoalmente o que pretendo é ser feliz, sentir-me feliz, pensar mais em mim e menos nos outros. Focar-me nos meus objetivos e tentar concretizá-los sem distrações pelo meio, não me acomodar a uma situação que não é a que pretendo. Não há mal nenhum em nos acomodarmos desde que estejamos felizes, quando não é o caso então temos o direito a lutar por nós e pela nossa paz de espirito.



Imagem retirada da internet

1 de agosto de 2016

Lo Siento

Chegou o dia em que...

A despedida não será feita
As palavras não serão ditas
O abraço não será dado
O adeus não será pronunciado

Acredito que as pessoas não entram na nossa vida por acaso, pelo menos eu vejo desta forma. Há quem nos marque profundamente e há quem nos mostre exatamente o que queremos e o que não queremos. Contigo aprendi que as amizades também têm timings e "prazos de validade" , sofro ao escrever isto, sempre achei que as amizades eram para sempre e custa-me ter a noção de perda de um amigo ou perda de alguém que, outrora, considerei amigo.
 
No entanto não há relações unilaterais e cada vez me apercebo mais disso, são necessários dois para dançar o tango, sempre achei uma certa piada a esta expressão e cada vez mais concordo com ela. Ao longo dos ultimos anos tenho perdido alguns amigos, pelo menos tenho perdido a atenção deles e a disponibilidade. Amigos para mim são os que estão presentes fisicamente e que estão comigo, pois virtualmente já tenho muitos e neste momento não é isso que procuro ou que pretendo para a minha vida.
 
Não me querendo alongar muito e tendo a noção de que já abordei este assunto algumas vezes aqui no blog, o que quero transmitir é que não é de ânimo leve que fecho mais um capítulo com história na minha vida. Cada pessoa que passa por mim tatua uma marca na minha alma e quando essa pessoa desaparece essa marca continua durante algum tempo (eu diria mais tempo que o necessário) causando a sensação de tristeza e/ou nostalgia. Quando as pessoas vão embora temos sempre a tendência para pensar nos momentos bons que vivemos com elas (nas relações emocionais então fazem isso mesmo de forma masoquista) é quase como se nos esquecessemos dos momentos em que essa pessoa direta ou indiretamente nos fez sentir menos bem. Eu tenho um defeito muito grande que é o de colocar num patamar bem acima os momentos bons e como que "esquecer" os momentos menos bons.  Há pouco tempo li um artigo acerca das espetativas que colocamos nas relações do dia a dia e que uma das razões para a chamada frustração e/ou decepção é a tendência que temos em pensar que a outra pessoa irá agir da forma como nós agiriámos perante determinada situação ou momento.
Deixo o artigo para lerem se vos fizer sentido e/ou refletirem sobre o mesmo, a página O segredo costuma ter artigos interessantes, muito na base dos da Obvious.
 
 

4 de julho de 2016

Vem ai mais uma edição da Feira Alternativa, um fim de semana de práticas saudáveis com o objetivo de fazer bem ao corpo e à mente.
À semelhança de anos anteriores estarei lá a mergulhar num mundo diferente, mais pacífico, com tranquilidade e para fugir à rotina stressante do dia a dia.
Ano após ano recomendo sempre a amigos e conhecidos darem por lá um pulo, pois por mais que eu explique o que por ali se vivencia, creio que só indo mesmo é que se compreende a mudança que ocorre a vários níveis.
Deixo o site e o programa caso haja interesse.
Muito provavelmente estarei a maioria do tempo na tenda vivencial .

Local:Inatel- Parque de Jogos 1ºde Maio; Metro: Roma
Custo: Passe 3 dias (9.90eur); 1 dia: 5eur
Datas: 8, 9 e 10 de Julho

22 de junho de 2016

O tempo (sem tempo)

Uma das várias características do português que mais me entristece é a inveja e a falta de sentido crítico. A função publica de tempos a tempos anda nas bocas dos portugueses, ou porque o governo decretou uma qualquer tolerancia de ponto (coisa que também acontece em algumas empresas privadas desde que a chefia assim o entenda) ou porque trabalha as 40h semanais e agora passará a trabalhar as 35 (coisa que acontecia em governos anteriores ao de Pedro Passos Coelho).

Ora meus caros "haters" sim vós que gostam muito de escrever barbaridades tidas como verdade universal principalmente nas redes sociais, a função publica não tem nada contra as 40h semanais, os funcionários estão sim desagradados com a forma como foram tratados pelo anterior governo. Passo a exemplificar: Ora um trabalhador assina um contrato onde está descrito que trabalhará 35h semanais com um valor X de vencimento, vem um governo e resolve aumentar 1h diária sem qualquer tipo de ajuste salarial o que equivale a 5h semanais de borla e consecutivamente 20h mensais, creio que nem preciso de fazer as contas a nivel anual. Portanto o que esta lei vem fazer é regularizar a situação, uma vez que não poderá haver aumento/ajuste do ordenado pelas 40h semanais, volta-se às 35h.
Parece-me deveras justo, mas pronto isto sou eu.

Outro dos pontos focado a ADSE, meus caros a ADSE não é privilégio,o funcionário publico desconta mensalmente 3.5% para esta entidade.

Outra questão "Eu é que pago o seu ordenado", não meu querido eu pago o meu ordenado com os meus descontos e com o meu trabalho, deixe de ser egocentrico por favor.

O meu objetivo não é o de ser defensora de esta ou outra classe trabalhadora, até porque eu sei que em todos os ramos há bons e maus profissionais, mas é triste em vez de lutarmos pelos nossos direitos e vermos nos outros um exemplo e algo pela qual lutar façamos exatamente o oposto que é "Ele tem, eu não tenho, logo ele também não pode ter" e normalmente usa-se este argumento (ainda que disfarçado) para tudo.

Sou a favor que todos os trabalhadores não deveriam trabalhar mais que 35h semanais ( e mesmo 35 acho excessivo) na medida em que todos nós temos uma vida para além do trabalho e como eu deverá existir muita gente a passar 12h ausente de casa. Os dias passam, semanas, meses, anos e como que andamos anestesiados e em piloto automático casa-trabalho-trabalho-casa. A nossa vida não deveria ser assim, existe muito mais para além do trabalho, a vida acaba por nos passar ao lado, acabamos por não ter tempo para pensar, raciocinar e no fundo é mesmo isso que os governos pretendem. Os politicos pretendem que a população não pense muito, ande cansada como que dopada para que não desenvolva o seu sentido crítico e não questione.

Neste momento dou por mim durante a semana a ser uma dessas pessoas, pois como tenho um trabalho que me desgasta bastante a nivel psicologico, falo imenso durante o dia, chego a casa cansada e sem capacidade muitas vezes para qualquer tipo de conversa mais elaborada. O fim de semana de dois dias NÃO CHEGA, é pouco.

O que fazer? Tentar contrariar isto, tentar estimular-nos diariamente. Agora no verão então em que os dias são maiores tentar quebrar a rotina. Ontem apercebi-me disso mesmo quando reparei que saí de casa eram 7h30 da manhã e cheguei só às 20h30 fiquei assustada, pois nessas 13h apenas guardei 30minutos do meu dia para mim, para me "mimar", para olhar para dentro.

A refletir...

8 de junho de 2016

As bloggers

Sigo diariamente alguns blogues que considero interessantes e dos quais retiro sempre algumas boas dicas, receitas, reflexões. No entanto cada vez mais tenho diminuído a lista de blogues que sigo pela simples razão: Fazem recomendações a preços completamente impensáveis. Às vezes pergunto-me se têm alguma noção dos seguidores que têm? Compreendo que sejam "pagas" pelas marcas para irem experimentar os produtos e depois promovê-los no blog, mas sinceramente não é a minha definição de atenção aos seguidores e naturalmente descarto esse tipo de "venda".

Por exemplo a Helena Magalhães criou o blog The Styland do qual gosto bastante, fala de forma aberta de vários temas e , lá está, não é o tipo de blog politicamente correto e de sugestões milionárias. Descobri este blog creio que por acaso (tal como todos os outros) e até agora não me tem desiludido.

Normalmente os blogues que sigo com mais frequência são os de receitas vegetarianas, pois diariamente tento inovar  na alimentação e sentir novos paladares. Com o abandono do consumo de carne foi surgindo em mim necessidade de aprender a confeccionar outros alimentos e a estudá-los um pouco melhor, pois de início ou ficava com fome ou ainda não sabia muito bem conjugar os temperos de forma a que a refeição fosse prazeirosa para mim.
Quando descobri o Not a Guilty Pleasure foi uma lufada de ar fresco, pois permitiu-me  ter vontade e curiosidade em inovar na cozinha. Claro está que quando mudamos hábitos acabamos por incutir essa mudança nos que nos rodeiam, dependendo das pessoas umas vão estando mais ou menos recetivas.
Recomendo estes cinco blogues abaixo, pois são os que mais gosto de seguir:
 

21 de outubro de 2015

Everybody leaves

Sei que não é um adeus, mas sim um até já, no entanto há um sentimento agridoce de tristeza vs felicidade.
 
Sei que este partir traduz-se na busca de uma melhor qualidade de vida, de uma felicidade, de estabilidade, mas por outro lado é sempre triste ver pessoas a partirem especialmente se forem das que nos farão imensa falta e pelas quais nutrimos o grande carinho e amor.
 
Estou tremendamente feliz e tremendamente "infeliz", mas sei que é por algo bom e sei que vai correr tudo bem, pois confio e estou orgulhosa do passo gigante (eu sei) que deste.

5 de outubro de 2015

Mais do mesmo

Ontem foi dia de eleições legislativas em Portugal, foi dia de o povo manifestar a sua intenção de voto, dia de decidir quem quer que governe o país, dia de dar voz às nossas convicções.
Em vez de fazermos tudo isso não votámos, mais uma vez a taxa de abstenção atingiu limites históricos superiores às eleições de 2011 (cujo valor estava nos 41.97%), sendo que este ano atingiu os 43.07% o valor mais elevado desde há 40 anos que temos eleições livres. Curioso falar em 40, pois já lá vão 41 desde a revolução de 25 de Abril para acabar com a ditadura de salazar que , entre outras coisas, nos privava de qualquer liberdade incluindo a de votar , de conversar em plena rua sem que se pensasse que se tratava de conspiração contra o estado.

Não falando já no resultado, questiono: Que povo é este?? Povo que pura e simplesmente se demite das suas funções, sim é nossa função, direito e dever de votar. Quantos não gostariam de poder ter esse direito? Quantos não lutaram para o ter e agora optamos por simplesmente o desrespeitar a não exercer? Estou profundamente desiludida com a inércia do povo português, o desinteresse, a mente fechada, a falta de inteligência e sentido crítico. Principalmente estou dececionada com tudo o que se passou ontem e com o que fui lendo, visto e me apercebendo ao longo do dia.

Convicções politicas à parte o resultado de ontem mostrou que em Portugal a cultura do medo funciona, o desinteresse e a ignorância favorece a classe politica e principalmente após 4 anos muito maus para os portugueses (e não sejam ou tentem ser ingénuos a pensar que o pior já passou , pois isso é o que as televisões e campanhas vos impingem) optaram por deixar tudo na mesma. Ganhou o mesmo governo que mandou as pessoas emigrarem, que privatizou serviços publicos, que reduziu e pensa continuar a reduzir mais as pensões que já por si são uma miséria, sim porque nas pensões de politicos e gestores nessas não mexem. Um governo que utilizou dinheiros publicos para cobrir o prejuizo de um banco privado cujo dinheiro foi desviado por elementos agregados ao próprio partido do poder. Poderia inumerar muitas mais reliquias, após estes anos de queixas o povinho optou pelos mesmos supspeitos do costume, pois "estes já conhecemos" ou "o PS traz a troika" ou "são todos iguais". Como sabem que são todos iguais? Desde 1975 que votam sempre nos mesmos partidos de sempre e depois como se não bastasse erram duplamente, pois quando os politicos passado 20,30 anos se voltam a meter na politica em eleições para presidenciais voltam a votar neles. Ou não se recordam dos grandiosos feitos do nosso excelentissimo presidente da republica quando foi primeiro ministro? Não se recordam que mandou destruir inumeros barcos de pesca a mando a antiga CEE? O mesmo senhor que meses atrás teve a lata de dizer que Portugal deveria investir no setor das pescas e usar a sua costa marítima?

Não quero com isto dizer que só há corruptos no PSD ou no CDS, apenas quero referir que este povinho é muito esquecido, pouco informado e MUITO comodista , resultado da falta de informação e da falta de interesse pelo que realmente é importante.

A grande surpresa foi o excelente resultado do Bloco de Esquerda, a Catarina colheu os frutos de uma boa campanha eleitoral e espero que use
da melhor forma o poder na assembleia que os portugueses que lhe concederam.

O PS não soube aproveitar a desvantagem da coligação e o desagrado português pelas politicas de austeridade a que foi sujeito durante estes 4 anos. António Costa se por um lado era acarinhado pelos lisboetas, por outro claramente deu um passo maior que a perna não tendo o apoio a 100% do seu partido e as falhas consecutivas durante a campanha, bem como o não conseguir captar e ganhar a confiança dos eleitores ditaram o resultado desastroso.

Sinceramente custa-me aceitar este resultado eleitoral na medida em que efetivamente vivemos mal estes quatro anos, perdemos salários, empregos, tivémos uma carga brutal de impostos que não se prevê que seja revertida e mesmo assim há quem não queira exercer o seu dever cívico. Têm o país que merecem, cada vez mais me apercebo que quem é mais estruturado e entendedor são esses que desistem e vão embora ficando cá quem se preocupa meramente em ir ao centro comercial em dia de eleições ou com o futebol. Nada contra o futebol, mas faz-m um pouco lembrar a taxa do iva sobre as bebidas alcoólicas, nunca convem ser muito alta para que ao menos andemos alegres e anestesiados e o futebol é isso mesmo: Um entretenimento e um desvio de atenções para o que realmente importa. A seleção perde o euro, há manifestação no aeroporto, o governo aumenta os impostos e todos cruzamos os braços, pois é normal.

Cada vez me sinto mais estrangeira no meu próprio país e isso é profundamente triste!

21 de agosto de 2015

O meu estado de espírito dos ultimos dias...a vontade enorme de mudar de vida.
Por onde começar?
Que novos hábitos largar e que novos hábitos adotar?
Como pensar de forma diferente?
A mudança será para melhor?
O objetivo de todas as mudanças normalmente é o de modificar para melhor a nossa vida, a nossa perceção dela e encontrarmos o caminho para nos sentirmos felizes. No entanto o que é a felicidade? É um estado de alma? É algo palpável? Quando se atinge esse estado pleno depois consegue-se ficar nele?
 
Sempre fui uma pessoa insatisfeita por natureza, quis sempre mais e mais e mais. Se por um lado isso é bom , pois permite-nos evoluir e crescer, por outro lado também causa frustração pois seria tudo mais simples se me sentisse feliz com simples coisas: sair com amigos, namorar, férias, ter um trabalho, ter filhos, casar, envelhecer. Não é isso tudo que o ser humano deseja? Lá sou eu do contra e digo que embora tenha momentos na minha vida em que me sinto feliz e realizada há outros que me sinto a pessoa mais infeliz do mundo, mais desinteressante e mais frustrada.
 
Vou tentando fazer o meu percurso sem arrastar para ele vitimas das minhas indecisões e/ou frustrações, ninguem quer estar com pessoas que se estão sempre a queixar de tudo e eu não quero ser essa pessoa que detesto ver noutras. É difícil não seguir os padrões da sociedade, mas pior é não seguir os padrões do grupo de amigos, pares, colegas de trabalho.
 
Temos de ter um estofo muito grande para responder de forma positiva e natural a questões como "Quando é que vais viver com o teu namorado?" ou "Quando é que tens um filho, já está na altura", "Quando é que compras um carro?", "Foste viajar e não mudas de casa?", "devias", "deves", "faz", "está na altura", "já estás na idade".
 
Qualquer uma destas questões não me tira o sono, mas a verdade é que elas não matam , mas moem e quando uma pessoa se sente mais "desconectada2 tudo serve para que nos mutilemos ainda mais.
 
Ja me estou a desviar do tema, mas o que queria dizer era que hoje revejo-me na musica de António Variações, se não me sinto satisfeita melhor mesmo mudar de vida começando por pequenas coisas. Uma dessas coisas que tenho feito começou pela minha alimentação que tenho cuidado mais de mim, também tenho afastado algumas pessoas tóxicas da minha vida  (esta sim me custa ainda hoje, pois sou muito pegada às pessoas mesmo não parecendo) e por fim tenho tentado fazer o que gosto , mesmo que o tenha de fazer sozinha o que acontece na maioria das vezes.
 
««Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida se há vida em ti a latejar


Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens... que ser assim


Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida se há vida em ti a latejar


Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens... que ser assim

Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver

Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver


Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida se há vida em ti a latejar


Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida se há vida em ti a latejar»»


19 de agosto de 2015

Todos os anos realiza-se no  Parque de Jogos do INATEL – Estádio 1.º de Maio a edição da feira alternativa.
 
Neste evento realizam-se vários tipos de atividades relacionadas com o corpo, a mente, tem exposições, Aulas, Workshops, Palestras, Espaços Vivenciais, Oficinas Infantis e Espetáculos. É um local onde me sinto sempre em casa e rodeada de pessoas que se identificam com as mesmas coisas que eu e que partilham dos mesmos gostos. Sinto que estou no rebanho certo quando frequento este tip ode eventos, tenho pena que não sejam mais frequentes e que, muitas vezes, também não sejam tão acessíveis monetáriamente como este.
 
A programação definitva ainda não se encontra completa, mas poderão consultar o facebook aqui  que tem sempre novas informações.
O bilhete diário é 5eur e o bilhete para 3 dias é 9.90eur e digo mesmo que vale cada centimo.
 
 
 
(Imagem retirada do site oficial da terra alternativa)