21 de outubro de 2015

Everybody leaves

Sei que não é um adeus, mas sim um até já, no entanto há um sentimento agridoce de tristeza vs felicidade.
 
Sei que este partir traduz-se na busca de uma melhor qualidade de vida, de uma felicidade, de estabilidade, mas por outro lado é sempre triste ver pessoas a partirem especialmente se forem das que nos farão imensa falta e pelas quais nutrimos o grande carinho e amor.
 
Estou tremendamente feliz e tremendamente "infeliz", mas sei que é por algo bom e sei que vai correr tudo bem, pois confio e estou orgulhosa do passo gigante (eu sei) que deste.

5 de outubro de 2015

Mais do mesmo

Ontem foi dia de eleições legislativas em Portugal, foi dia de o povo manifestar a sua intenção de voto, dia de decidir quem quer que governe o país, dia de dar voz às nossas convicções.
Em vez de fazermos tudo isso não votámos, mais uma vez a taxa de abstenção atingiu limites históricos superiores às eleições de 2011 (cujo valor estava nos 41.97%), sendo que este ano atingiu os 43.07% o valor mais elevado desde há 40 anos que temos eleições livres. Curioso falar em 40, pois já lá vão 41 desde a revolução de 25 de Abril para acabar com a ditadura de salazar que , entre outras coisas, nos privava de qualquer liberdade incluindo a de votar , de conversar em plena rua sem que se pensasse que se tratava de conspiração contra o estado.

Não falando já no resultado, questiono: Que povo é este?? Povo que pura e simplesmente se demite das suas funções, sim é nossa função, direito e dever de votar. Quantos não gostariam de poder ter esse direito? Quantos não lutaram para o ter e agora optamos por simplesmente o desrespeitar a não exercer? Estou profundamente desiludida com a inércia do povo português, o desinteresse, a mente fechada, a falta de inteligência e sentido crítico. Principalmente estou dececionada com tudo o que se passou ontem e com o que fui lendo, visto e me apercebendo ao longo do dia.

Convicções politicas à parte o resultado de ontem mostrou que em Portugal a cultura do medo funciona, o desinteresse e a ignorância favorece a classe politica e principalmente após 4 anos muito maus para os portugueses (e não sejam ou tentem ser ingénuos a pensar que o pior já passou , pois isso é o que as televisões e campanhas vos impingem) optaram por deixar tudo na mesma. Ganhou o mesmo governo que mandou as pessoas emigrarem, que privatizou serviços publicos, que reduziu e pensa continuar a reduzir mais as pensões que já por si são uma miséria, sim porque nas pensões de politicos e gestores nessas não mexem. Um governo que utilizou dinheiros publicos para cobrir o prejuizo de um banco privado cujo dinheiro foi desviado por elementos agregados ao próprio partido do poder. Poderia inumerar muitas mais reliquias, após estes anos de queixas o povinho optou pelos mesmos supspeitos do costume, pois "estes já conhecemos" ou "o PS traz a troika" ou "são todos iguais". Como sabem que são todos iguais? Desde 1975 que votam sempre nos mesmos partidos de sempre e depois como se não bastasse erram duplamente, pois quando os politicos passado 20,30 anos se voltam a meter na politica em eleições para presidenciais voltam a votar neles. Ou não se recordam dos grandiosos feitos do nosso excelentissimo presidente da republica quando foi primeiro ministro? Não se recordam que mandou destruir inumeros barcos de pesca a mando a antiga CEE? O mesmo senhor que meses atrás teve a lata de dizer que Portugal deveria investir no setor das pescas e usar a sua costa marítima?

Não quero com isto dizer que só há corruptos no PSD ou no CDS, apenas quero referir que este povinho é muito esquecido, pouco informado e MUITO comodista , resultado da falta de informação e da falta de interesse pelo que realmente é importante.

A grande surpresa foi o excelente resultado do Bloco de Esquerda, a Catarina colheu os frutos de uma boa campanha eleitoral e espero que use
da melhor forma o poder na assembleia que os portugueses que lhe concederam.

O PS não soube aproveitar a desvantagem da coligação e o desagrado português pelas politicas de austeridade a que foi sujeito durante estes 4 anos. António Costa se por um lado era acarinhado pelos lisboetas, por outro claramente deu um passo maior que a perna não tendo o apoio a 100% do seu partido e as falhas consecutivas durante a campanha, bem como o não conseguir captar e ganhar a confiança dos eleitores ditaram o resultado desastroso.

Sinceramente custa-me aceitar este resultado eleitoral na medida em que efetivamente vivemos mal estes quatro anos, perdemos salários, empregos, tivémos uma carga brutal de impostos que não se prevê que seja revertida e mesmo assim há quem não queira exercer o seu dever cívico. Têm o país que merecem, cada vez mais me apercebo que quem é mais estruturado e entendedor são esses que desistem e vão embora ficando cá quem se preocupa meramente em ir ao centro comercial em dia de eleições ou com o futebol. Nada contra o futebol, mas faz-m um pouco lembrar a taxa do iva sobre as bebidas alcoólicas, nunca convem ser muito alta para que ao menos andemos alegres e anestesiados e o futebol é isso mesmo: Um entretenimento e um desvio de atenções para o que realmente importa. A seleção perde o euro, há manifestação no aeroporto, o governo aumenta os impostos e todos cruzamos os braços, pois é normal.

Cada vez me sinto mais estrangeira no meu próprio país e isso é profundamente triste!

21 de agosto de 2015

O meu estado de espírito dos ultimos dias...a vontade enorme de mudar de vida.
Por onde começar?
Que novos hábitos largar e que novos hábitos adotar?
Como pensar de forma diferente?
A mudança será para melhor?
O objetivo de todas as mudanças normalmente é o de modificar para melhor a nossa vida, a nossa perceção dela e encontrarmos o caminho para nos sentirmos felizes. No entanto o que é a felicidade? É um estado de alma? É algo palpável? Quando se atinge esse estado pleno depois consegue-se ficar nele?
 
Sempre fui uma pessoa insatisfeita por natureza, quis sempre mais e mais e mais. Se por um lado isso é bom , pois permite-nos evoluir e crescer, por outro lado também causa frustração pois seria tudo mais simples se me sentisse feliz com simples coisas: sair com amigos, namorar, férias, ter um trabalho, ter filhos, casar, envelhecer. Não é isso tudo que o ser humano deseja? Lá sou eu do contra e digo que embora tenha momentos na minha vida em que me sinto feliz e realizada há outros que me sinto a pessoa mais infeliz do mundo, mais desinteressante e mais frustrada.
 
Vou tentando fazer o meu percurso sem arrastar para ele vitimas das minhas indecisões e/ou frustrações, ninguem quer estar com pessoas que se estão sempre a queixar de tudo e eu não quero ser essa pessoa que detesto ver noutras. É difícil não seguir os padrões da sociedade, mas pior é não seguir os padrões do grupo de amigos, pares, colegas de trabalho.
 
Temos de ter um estofo muito grande para responder de forma positiva e natural a questões como "Quando é que vais viver com o teu namorado?" ou "Quando é que tens um filho, já está na altura", "Quando é que compras um carro?", "Foste viajar e não mudas de casa?", "devias", "deves", "faz", "está na altura", "já estás na idade".
 
Qualquer uma destas questões não me tira o sono, mas a verdade é que elas não matam , mas moem e quando uma pessoa se sente mais "desconectada2 tudo serve para que nos mutilemos ainda mais.
 
Ja me estou a desviar do tema, mas o que queria dizer era que hoje revejo-me na musica de António Variações, se não me sinto satisfeita melhor mesmo mudar de vida começando por pequenas coisas. Uma dessas coisas que tenho feito começou pela minha alimentação que tenho cuidado mais de mim, também tenho afastado algumas pessoas tóxicas da minha vida  (esta sim me custa ainda hoje, pois sou muito pegada às pessoas mesmo não parecendo) e por fim tenho tentado fazer o que gosto , mesmo que o tenha de fazer sozinha o que acontece na maioria das vezes.
 
««Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida se há vida em ti a latejar


Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens... que ser assim


Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida se há vida em ti a latejar


Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens... que ser assim

Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver

Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver


Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida se há vida em ti a latejar


Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida se há vida em ti a latejar»»


19 de agosto de 2015

Todos os anos realiza-se no  Parque de Jogos do INATEL – Estádio 1.º de Maio a edição da feira alternativa.
 
Neste evento realizam-se vários tipos de atividades relacionadas com o corpo, a mente, tem exposições, Aulas, Workshops, Palestras, Espaços Vivenciais, Oficinas Infantis e Espetáculos. É um local onde me sinto sempre em casa e rodeada de pessoas que se identificam com as mesmas coisas que eu e que partilham dos mesmos gostos. Sinto que estou no rebanho certo quando frequento este tip ode eventos, tenho pena que não sejam mais frequentes e que, muitas vezes, também não sejam tão acessíveis monetáriamente como este.
 
A programação definitva ainda não se encontra completa, mas poderão consultar o facebook aqui  que tem sempre novas informações.
O bilhete diário é 5eur e o bilhete para 3 dias é 9.90eur e digo mesmo que vale cada centimo.
 
 
 
(Imagem retirada do site oficial da terra alternativa)
 
Não é a primeira vez nem a ultima vez que me dizem que sou demasiado frontal e direta em algumas ocasiões.

Nunca recebi queixas nesse sentido da parte dos meus amigos, mas a verdade é que ao longo dos tempos pessoas têm-se afastado e quando faço uma reflexão sobre o assunto apercebo-me que talvez tenha sido porque disse isto ou porque disse aquilo.

A questão que coloco é: Estarei eu a ser cruelmente sincera com os meus amigos quando dou os meus conselhos ou exponho os meus pontos de vista? Se sim, gostaria que eles tivessem igualmente a sinceridade para me dizerem, pois a opção de simplesmente deixarem de estar comigo ou se o fizerem com outras pessoas em nada contribui para o crescimento pessoal.

Recordo-me da unica vez que me disseram que eu por vezes não fazia o filtro, foi um namorado meu descaíu-se e deitou a "bomba" cá para fora.

Concordo que , por vezes, deveria moderar mais a forma como dou as minhas opiniões. A verdade é que na maioria das vezes as pessoas não querem ouvir a opinião querem apenas desabafar, mas quem me conhece sabe que os meus ouvidos não são caixotes do lixo, se falam comigo e não querem ouvir feedback então talvez seja melhor desabafarem com outra pessoa ou quiçá com uma parede.
Sei que sou brusca e radical , mas é a minha forma de pensar, quem gosta de mim terá de aceitar essa minha particularidade e se ficaram magoados que sejam sinceros, pois naturalmente eu pedirei desculpa não pelo conselho que dei, mas sim pela forma como o dei, como devem compreender não me dá qualquer tipo de satisfação magoar as pessoas, não é de todo o meu objetivo.



De há uns tempos para cá notei que a minha relação com o comer carne mudou. Associei ao estilo de vida ao estar mais focada em questões espirituais e também a uma questão de hábito.
 
Não deixei verdadeiramente de consumir, pois existem questões logísticas em certos momentos que me "impossibilitaram" de o fazer, no entanto cada vez mais vejo essa opção em cima da mesa.
 
Ontem, por ocasião de ter lido uma entrevista de uma blogger que sigo, tive acesso a um documentário chamado Eartlings  em português significa terráqueos (habitantes da terra) o documentário é de 2005. É narrado pelo ator e ativista dos direitos dos animais Joaquin Phoenix, saquei o dito documentário e comecei a vê-lo ontem. Devo dizer que achei tudo horrível, chorei compulsivamente o tempo todo, mesmo tentanto acreditar que atualmente e em Portugal talvez não tratem assim os animais ficou muito mais difícil para mim pensar sequer em ingerir carne.
 
Na minha cabeça existe uma ambivalência de sentimentos, pois até agora mesmo ingerindo raramente carne, não tinha problemas em fazê-lo quando me dava vontade. Aliás vindo eu de uma aldeia no campo sempre me "habituei" a ver a minha mãe a fazer criação de galinhas e coelhos para depois serem consumidos. Talvez como via que ela os tratava bem, acabava por bloquear a outra parte. Este fim de semana notei que já não me sentia tão avontade com isso e simplesmente afastei-me , pois não me sentia confortável.
 
Posto isto vou fazer o meu percurso, tão cedo não irei ingerir carne vou tentar não colocar demasiada pressão em mim nem sentimento de culpa se durante a transição (se é que ela irá existir) tiver alguma recaída não irei torturar-me por isso.
 
Podem ver a entrevista  com a Filipa Range , autora do blog A Cozinha Verde  que sigo diariamente.

22 de março de 2015

A solidão
Eis que quando menos esperamos, ela nos entra pela porta sem ser OBVIAMENTE convidada.
Fica o tempo, mais que necessário, para nos causar mal-estar, sensação de impotência e um constante desânimo que se transforma em desepero.

Não sei lidar com este sentimento e muito menos sei aceitá-lo como parte da minha vida. Sinto-me bem sózinha, mas sinto-me tão mal quando me sinto só.

http://lifestyle.publico.pt/noticias/346183_quando-foi-a-ultima-vez-que-teve-um-pensamento-positivo-sobre-o-seu-corpo

https://www.youtube.com/watch?v=3tM2Z0-zFcw

29 de setembro de 2014

A música ....

Eu quis te conhecer, mas tenho que aceitar
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade
Eu quis te convencer, mas chega de insistir
Caberá ao nosso amor o que há de vir
Pode ser a eternidade má
Eu ando em frente por sentir saudade
Paper clips and crayons in my bed
Everybody thinks that I'm sad
I take my ride in melodies
And bees and birds
Will hear my words
Will be both us and you and them together
I can forget about myself trying to be everybody else
I feel allright that we can go away
And please my day
I'll let you stay with me if you surrender

https://www.youtube.com/watch?v=WizgXUu8ZyI&feature=youtu.be

12 de setembro de 2014

Em fase de TPM...tudo serve para nos irritar ou sensibilizar. Incrivel...ora choramos que nem umas madalenas ao ver um filme romântico ou pomos as garras de fora à mínima contrariedade.

Cada vez me apercebo mais que nesta fase da TPM há uma lteração mesmo a nivel cerebral, pareço que deixo de ser um animal racional e entro numa espiral de parvoeira constante e a dizer coisas sem nexo e a stressar com coisas que não lembram a ninguem.

Não é fácil...gosto muito de ser mulher, mas cada vez me apercebo que se nascesse homem seria tudo ou quase tudo tão mais fácil. Adoro a forma como eles simplificam tudo...e quando conheço um mais sensivel até me atrofia, pois estou habituada e gosto do sentido pratico deles e bem resolvido.

"Quero apresentar-te o..."

A veia casamenteira das pessoas...
Elas não fazem por mal, mas quando uma das partes não está emocionalmente preparada não vale a pena.

Conhecer pessoas novas é optimo, mas pode ter um efeito preverso, especialmente quando conhecemos rapazes. Não quero começar com falsos moralismos, até porque tenho amigos homens, mas a primeira intenção e a 2ª é sempre ou quase sempre de algo mais. Depois cria-se aquela situação constrangedora tipo "não..eu não olho para ti dessa forma"...há um afastamento e a sensação da parte do outro de abandono e alguma frustração por não poder corresponder.

A questão que se coloca é "quando??", quando nos sentiremos preparadas para estar com outra pessoa sem fantasmas do passado? Os clichés dizem que o tempo cura tudo e a seu tempo saberemos e nos sentiremos preparados, mas bem que poderia ser mais rápido não? É que cansa sofrer, digo eu.